O
protestantismo se arroga e se outorga como seguidor legítimo da Palavra de
Deus. Carregando uma Bíblia debaixo do braço, e a riscando com caneta e
escrevendo em suas paralelas seus achares e conclusões, o protestantismo tem em
comum entre si, para além desta caricatura, ou cacoete intelectual e
espiritual, o fato de todo protestantismo pregado e vivido até hoje, não tinha
Jesus Cristo como Senhor e Salvador, mas sim, falsos deuses, pequenos demiurgos
fazedores de doutrinas auto-analíticas que prometiam a si mesmos uma salvação
que na verdade nunca veio e nunca virá.
Não
sou contra nenhum protestante em particular, mas sim contra todo protestantismo
que agride e persegue a Cristo e sua Igreja, tentando, em nome de si mesmo, ser
o único caminho que de fato é o próprio Cristo. O protestantismo que já
iniciando por Lutero, que nega a autoridade da Igreja e mutila o Cânon Bíblico,
arrancando-lhe os sete livros que os primeiros cristãos tinham como textos
inspirados, não apenas rompe com a Igreja primitiva, mas rompe com a única
Igreja, que na verdade deixou de ser primitiva e hoje é denominada católica,
pois não é herege. Entenda-se por herege aquele que escolhe uma parte da
revelação deixando sua aparente contradição e a elege como única verdade.
No
modelo protestante de Lutero isso fica bem claro, quando Lutero elege a sua fé
pela metade que afirma que a justificação vem pela fé (Gl 2,16 ou Rm 5,1), como
“a verdade”, mas despreza a Carta de Tiago que afirma que a “fé sem obras é
morta” (Tg 2,17). E assim, eliminando uma parte da revelação em detrimento de
outra verdade da mesma revelação, apenas por não ser Lutero capaz de conviver
com ambas em sua cabeça, exclui a revelação Divina e elege sua própria
inteligência como seu único senhor, deus e salvador.
Eis
aí, a unidade protestante. E por isso mesmo, todo protestante que acredita
piamente que sua inteligência o salvará, e é capaz de chamar seu próprio
intelecto de “espírito santo”. Pois como é possível que o mesmo “espírito santo”,
revele coisas tão contraditórias aos indivíduos?
Uns
acreditam que Jesus deixou sacramentos, outros acreditam que Jesus não deixou
nenhum sacramento. Uns levam em conta os fatos históricos, como a morte de São
Pedro e São Paulo em Roma e outros afirmam categoricamente que São Pedro nunca
esteve em Roma. Uns afirmam o celibato e outros negam o celibato. Uns afirmam
ser Cristo o Deus verdadeiro e outros afirmam ser apenas o primeiro a ser
criado.
A
unidade protestante se encontra na adoração e veneração de suas próprias
mentes. É muito comum, em um debate entre protestantes, apelarem para as
revelações particulares. De fato, se analisarmos friamente as milhões de
doutrinas diferentes, você encontrará protestantes que freqüentam inclusive os
mesmos templos terem idéias totalmente distintas quanto a questões
imprescindíveis da fé.
O
protestante acredita que a Fé salva, negando a necessidade das obras, porém, se
esquecem que Jesus é a ressurreição e a vida, é Ele própria a salvação. E esta
é a grande diferença de um herege para um católico, o católico, convive com
verdades aparentemente contraditórias, mesmo que sua mente não as explique,
pois tem a Igreja que o ajuda e os santos doutores, os padres do deserto e a patrística
que com uma teologia mística e maravilhosa, que a própria Igreja reconhece como
sendo parte inclusive da Revelação, aceita a Fé completa, sem a necessidade de
ser mutilada.
O
protestantismo gera uma adoração de nós mesmos, depois de anos no
protestantismo, não consigo hoje ver com bons olhos uma doutrina que gera
divisão ser ainda vista como algo vindo de Deus, que é UNO e só pode gera por
isso UNIDADE.
Prá mim, o protestantismo nada mais é do que o cumprimento da promessa que o Senhor fez, ainda lá no Jardim do Eden, quando disse à Serpente (Satanás): "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar"(Gênesis 3, 15)
ResponderExcluirÉ a herança dos filhos do Maligno. Senão, como se explica a aversão que sentem pela Mulher que nos trouxe a descendência salvífica?