Muitas
pessoas têm muito preconceito, quanto à visão que a Igreja tem sobre SEXO,
acreditam que a Igreja ensina que o Sexo é apenas para a procriação.
Porém,
como tudo que se diz sobre a Igreja, não passa de preconceito... Esta visão
também é um preconceito.
Mas
nada melhor que nos debruçarmos sobre o Catecismo da Igreja Católica (CIC) e
nos documentos tão sábios que os Santos Padres e Papas nos têm deixado.
"A
Igreja, que 'está do lado da vida', ensina que 'qualquer ato
matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida'. Esta doutrina,
muitas vezes exposta pelo Magistério, está fundada na conexão inseparável, que
Deus quis e que o homem não pode alterar por sua iniciativa, entre os dois
significados do ato conjugal: o significado unitivo e o significado
procriador." (CIC)
Quanto
a Sacralidade do Ato sexual:
A
sexualidade humana é um mistério sagrado que deve ser apresentado
segundo o ensinamento doutrinal e moral da Igreja, tendo sempre em conta os
efeitos do pecado original. (CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A FAMÍLIA SEXUALIDADE
HUMANA: VERDADE E SIGNIFICADO / Orientações educativas em família)
O
sentido do sexo, além da Procriação:
"O
corpo humano, com o seu sexo, e a sua masculinidade e feminilidade, visto no
próprio mistério da criação, não é somente fonte de fecundidade e de
procriação, como em toda a ordem natural, mas encerra desde 'o princípio' o
atributo 'esponsal', isto é, a capacidade de exprimir o amor precisamente pelo
qual o homem-pessoa se torna dom e — mediante este dom — atuar o próprio
sentido do seu ser e existir'. Qualquer forma de amor será sempre marcada por
esta caracterização masculina e feminina." (Idem)
Explicando:
Para
a Igreja, o sexo foi feito para a união e unidade do casal, e é claro para
geração de filhos. A Igreja entende o sexo, como uma "LITURGIA DOS
CORPOS". O casal, para gerar filhos, deve primeiro se doar um ao outro,
pelo apor esponsal, dom dado por Deus no Sacramento do Matrimônio.
Ainda
o CIC e mais documentos:
"Salvaguardando
estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal
conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação
para a altíssima vocação do homem para a paternidade." (CIC)
FAMILIARIS
CONSORTIO:
"É
exatamente partindo da "visão integral do homem e da sua vocação, não só
natural e terrena, mas também sobrenatural e eterna", que Paulo VI afirmou
que a doutrina da Igreja "se funda na conexão inseparável, que Deus
quis e que o homem não pode quebrar por sua iniciativa, entre os dois
significados do ato conjugal: o significado unitivo e o significado
procriativo". E conclui reafirmando que é de excluir, como intrinsecamente desonesta
“toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou na sua realização, ou no
desenvolvimento das suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como
meio, tornar a procriação impossível."
"Quando
os cônjuges, mediante o recurso à contracepção, separam estes dois significados
que Deus Criador inscreveu no ser do homem e da mulher e no dinamismo da sua
comunhão sexual, comportam-se como «árbitros» do plano divino e «manipulam» e
aviltam a sexualidade humana, e com ela a própria pessoa e a do cônjuge,
alterando desse modo o valor da doação «total». Assim, à linguagem nativa que
exprime a recíproca doação total dos cônjuges, a contracepção impõe uma
linguagem objetivamente contraditórias, a do não doar-se ao outro: deriva
daqui, não somente a recusa positiva de abertura à vida, mas também uma
falsificação da verdade interior do amor conjugal, chamado a doar-se na
totalidade pessoal."
Explicando:
A
Igreja ensina que a tentativa de se desvencilhar do objetivo último do ato
conjugal, que é a união do casal e como conseqüência a continuidade do gesto
criador de Deus, que é a procriação, constitui uma imoralidade.
Agora,
devem estar se perguntando:
Então
devemos ter filhos atrás de filhos sem a menor possibilidade de poder dar-lhes
uma vida digna?
Esta
pergunta é pertinente, porém, a Igreja tem mais a ensinar:
"Quando
pelo contrário os cônjuges, mediante o recurso a períodos de
infecundidade, respeitam a conexão indivisível dos significados unitivo e
procriativo da sexualidade humana, comportam-se como 'ministros' de plano de
Deus e 'usufruem' da sexualidade segundo o dinamismo originário da doação
'total', sem manipulações e alterações." (FAMILIARIS CONSORTIO)
"A
continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na
auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os
critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo
dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma
liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má "toda ação
que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também
durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim
ou como meio, tornar impossível a procriação"
Explicando:
A
Igreja não é burra, cega e muito menos deseja o mal da humanidade. Tudo o que a
Igreja quer, é que o ser humano alcance a Salvação. A sexualidade humana é
sagrada, pois é capaz de transmitir a vida. Dom dado por Deus a todos, por
gratuidade e amor. Por isso, há maneiras de se ter uma paternidade responsável,
vinculada com a necessária unicidade do ato matrimonial e a devida abertura à
vida... Dom de Deus, que os esposos não devem ser fechar nunca, sem antes
constituir um pecado, o pecado de Não amar a Deus sobre todas as coisas.
Mas
e quanto a prática do ato conjugal, muitos se perguntam o que “pode e não pode”,
devemos entender que o ato conjugal é um ato como qualquer outro, o que não se
deve nunca é subtrair a DIGNIDADE que a pessoa tem. Vou dar alguns exemplos:
Um
casal, que fazem o “papai/mamãe” apenas, mas ele pensa em uma outra mulher, ou
ela pensa em outro homem, estão em adultério, mesmo tendo recebido o sacramento
do matrimônio, isto parece claro, mas há muita gente que se pergunta: “Se não
consigo ter atração por meu cônjuge, devo fazer o que?”
Esta
pergunta é muito séria, mas de fácil e perturbante resposta: AMOR NÃO TEM NADA
A VER POR ATRAÇAO FÍSICA. Ou será que Jesus nos salvou por que “se atraiu” por
nós? Claro que não e não há maior amor que o Dele.
Algumas
pessoas implicam com o “sexo anal, ‘fetiches’, sexo oral, fantasias e etc..., e
dizem que isso é tudo Hedonismo. Porém, não podemos esquecer que todo o nosso
corpo é santo. Para entender isso, precisamos nos perguntar muitas coisas.
O
que é o “sexo anal e oral”? O ato conjugal, fisiologicamente termina na
ejaculação, de preferência de ambos os cônjuges, ou seja, estas modalidades tem
em si mesmas o início e o fim do ato, sendo assim, é um pecado, pois não está
aberta à geração de uma prole, pois tanto a boca quanto o ânus não permite, em
hipótese alguma, o encontro dos gamentas. O ato sexual válido e sadio
compreende a ejaculação do esposo na vagina de sua esposa. Tudo fora disso, se
enquadra naquilo que Paulo VI chamou de “desonestidade”.
Sabendo
disso, os esposos devem se doar, de comum acordo. Aquilo que a esposa quer e
gosta, deve ser aquilo que o esposo quer e gosta. Isso não é tão simples assim,
mas é com muito diálogo e conversa que se resolve. O problema é que o sexo é
mesmo um tabu, até entre os casais mais jovens.
Mas
então eu pergunto: “Se beijar a boca “pode”, e passar a mão na face “pode”, por
que beijar a vagina “não pode” e passar a mão no ânus “não pode”?
Todo
nosso corpo tem pontos erógenos, que devem ser explorados, muitas vezes a “falta
de atração” entre os casais, é por que eles estão presos a preconceitos e
tabus. Mas como saber?
Ora,
em que a boca é mais santa que o ânus? Em que a face é mais santa que a vagina?
Deus, em sua infinita sabedoria, fez a mulher como ela é. Toda mulher tem um
órgão que é EXCLUSIVAMENTE sexual e nenhum outro animal o possui, apenas a
mulher, que é o Clitóris. Este órgão deve ser explorado pelo marido, com todo
amor e carinho, pois ele foi feito apenas para isso, mas nós devemos estar
atentos, não é por que existe um clitóris que a mulher é obrigada a querer que
ele seja estimulado. Por isso, deve existir o DIÁLOGO. O mesmo pode ser aplicado à qualquer outra parte do corpo, desde cabeça, boca, seios... tudo deve se de comum acordo!
Quanto
a posições, fantasias e fetiches, o que se percebe, é que muitas vezes, os
homens e mulheres pensam ser isso um pecado, por causa da quantidade de
material pornográfico que tiveram acesso. Então, após terem sido expostos a
este tipo de material, que em si é pecaminoso (pois é concordar com a
prostituição – quem assiste faz pior do que quem produz ou atua), associam tudo
ao pecado, porém, o que é pecado, na pornografia é assistir, atuar ou produzir,
não o que se faz. Claro que existem muito material que exibe zoofilia, pedofilia
e necrofilia então estes, até de serem pecaminosos por ser pornografia, também
são crimes. Mas fora estas "filias" que são todas patologias, o ato sexual em si, não compreende pecado, o problema é a situação, que sem si é adultério, fornicação, prostituição ou escravidão (estupro).
Mas
as posições, fantasias e fetiches que um casal desenvolva, desde que seja
sadio, não agredindo o próprio corpo (sadomasoquismo), não retirando a
dignidade da pessoa (apelidar o parceiro com nomes de animais ou situação
inferior da condição humana como “escravo”) e não perturbando psicologicamente
o parceiro são válidos. Devemos lembrar que a Vagina é um órgão interno e que portanto, para evitar infecções e até mesmo o câncer, o esposo deve cuidar e manter seu pênis sempre limpo.
A
esposa que compra um espartilho e meias calças, o marido que fuma um cigarro
antes de tirar a roupa para a esposa ver ou ambos marcarem um encontro “às escuras”,
desde que não atente contra a ordem social ou a dignidade deles não há nada de mal.
Há quem pense que quando cônjuge excita manualmente seu(ua) parceiro(a), isso é masturbação, mas claro que tudo irá depender, se de fato a ejaculação masculina ocorrer, dentro ou fora da vagina. É simples, dentro é válido, fora é pecado. Como foi perguntado acima, aqui eu respondo, não há diferença de boca para o cotovelo, ambos são partes do mesmo corpo e serão santos se a alma é santa e serão pecadores se a alma é pecadora.
Posso
estar parecendo exagerado, mas a questão é que a Igreja não prega contra nada
disso. Já encontrei tais preconceitos nos discursos de muitos pregadores
católicos, porém, nunca encontrei embasamento na doutrina da Igreja, e estou
aberto a mudar de posicionamento caso alguém me apresente às devidas
referências, pois para mim, o que eu penso deve ser substituído pelo que a igreja ensina, pois somente assim, pode Jesus ser gerado em mim.
Espero
não ter ofendido ninguém.
Paz
e bem
Muito bom e esclarecedor, principalmente, prá nós, que estamos sempre expostos a dúvidas de outrem, especialmente, nesse terreno da sexualidade no matrimonio. Valeu, mesmo! Parabéns! Esta bem abrangente... Vá em frente! Abraço.
ResponderExcluirMt bom e esclarecedor. Obgd
ResponderExcluirUma das melhores abordagens ao tema que já estudei.. Esclarecedor..
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