quinta-feira, novembro 26

Como cordeiros

Em meio a uma cultura politicamente correta em que os comportamentos todos estão padronizados, “se fazes isso és bom”, “se fazes aquilo és mal”, em que existem inúmeros padrões de julgamento, realmente é estranho, à quem aderiu a tal cultura, quem não viva conforme tais procedimentos padronizados. Porém, é importante e exista o aparente exótico, pois como verão todos que tais comportamentos e procedimentos padronizados não conferem ao executor bondade ou maldade?!

O problema é que esta padronização dá uma falsa segurança, um tipo de manual de conduta, porém totalmente convencional, e tudo o que é convencionado, não é, de forma alguma, expressão de verdade, mas sim, imposição da mentira e expressão ideológica.

O exemplo do lobo e do cordeiro, é útil, pois parece que o cordeiro, por ser cordeiro não possa afugentar o lobo, e o lobo por ser lobo, não possa ser amável e polido. Sendo assim, o lobo que invade o cercado com amabilidade e polidez engana os que já aderiram aos padrões comportamentais e os faz pensar que ele é um cordeiro. E os cordeiros que não se deixam levar pela suposta atitude polida e amável do lobo, gritam e vociferam contra o lobo, sem mesmo atentar-lhe contra a vida, pois não possuem tal poder. São confundidos como lobos, pelos demais cordeiros.

Ora, se o lobo é inteligente, será ele mesmo que terá o interesse e a ideia de criar os padrões de comportamento, para fazer-se passar por ovelha. E sem ser denunciado poder triturar as ovelhas enquanto os demais não estiverem olhando, para chorá-las às vistas de todos como se não fosse ele o vilão e assim permanecer em meio ao rebanho.

Mas se um cordeiro lhe apontar o dedo e gritar: “Eis o lobo”. Todos verão que é lobo ao arrancar a mão do cordeiro, mas quem terá coragem de ser este cordeiro?

“Ide; eis que vos envio como cordeiros entre lobos.” (Lc 10,3)


ORAÇÃO: Meu amado Jesus, tu sabes que existe no mundo uma cortina ideológica que torna cego todo aquele que não aprofunda-se unicamente em Ti, na expressão da Tua Palavra, vivia e ensinada pelas Sagradas Escrituras, Tradição apostólica e Magistério da Igreja, assim, dá-me a graça de romper com qualquer ideologia que eu tenha nesta vida, com qualquer sonho de prestígio ou de honra, que eu não tenha outro compromisso se não com a verdade. Não apenas em apontar o lobo fora de mim, mas principalmente o lobo que reside em mim. Faz-me paciente e misericordioso, principalmente comigo, para exercer a paciência e misericórdia com meus irmãos, e que a Salvação seja o valor máximo de minhas ações. Amém.

quarta-feira, novembro 25

2º. Testemunho – Se rezar você perde o emprego!

Como já contei no 1º. Testemunho, sobre a comunidade de vida em que vivi por três anos com minha família, que também é uma comunidade terapêutica fundada por um padre muito querido e famoso no Brasil, que se destacou por uma pregação bem humorada e faleceu em 2007 vitima do câncer, dando um testemunho maravilhoso seguindo na radicalidade o versículo “Buscai as coisas do alto” (Cl 3,1).

Hoje venho falar das maravilhas que, apesar das oposições, Deus tem realizado no interior da obra. Por dois anos e meio, fiquei responsável de fazer a triagem dos dependentes químicos interessados em serem acolhidos na comunidade. É um procedimento chamado pré-acolhimento, onde o candidato ao acolhimento recebe as informações referentes às regras da casa e colhemos os dados pessoais da pessoa.

Como a comunidade, a princípio era uma comunidade religiosa e não uma ONG, como é agora, colocamos os nossos dons a serviço. Fizemos uma apresentação em slides para expor a informação de maneira mais clara e objetiva, que inclusive é ainda utilizada em alguns recantos, e após a explanação, fazíamos uma oração de cura interior e de perdão.

Esta oração consistia em pedir para que os dependentes químicos permanecessem sentados, enquanto os pais ou acompanhantes rezassem intercedendo por aquela pessoa que ele havia levado à comunidade. Depois fazíamos um momento de perdão, onde todos se abraçavam, e choravam, e ali mesmo aconteciam verdadeiros milagres, curas e libertações.

Chegamos a receber alguns testemunhos de pessoas que não precisaram mais voltar à comunidade, por que a Graça de Deus já os havia tocado e mudado suas vidas. Outros acolhidos nos confidencializaram que só decidiram pela internação (acolhimento) por causa daquela oração e por causa do momento de perdão que participaram.

Houve um rapaz, pai de três filhas, do litoral paulista, com mais de 15 anos de dependência química, sem a primeira Eucaristia, com envolvimento no narcotráfico que só quis ser acolhido por causa daquela oração.

Este rapaz me deu um dos testemunhos de conversão mais lindos que já vi na minha vida. Pois quando veio para a comunidade, eu fiquei responsável de acompanha-lo. Que alma linda! Que homem maravilhoso e dedicado! Apesar de tantos anos de dependência, nunca deixou nada faltar para a família. Começou a desejar fazer a primeira comunhão e com autorização da comunidade, ministrei para ele a catequese.

O tempo foi passando, e mesmo ele tendo voltado para casa, para resolver problemas judiciais por 4 dias, ele não só não usou drogas, como também não tomou refrigerante (uma das regras da comunidade), não fumou cigarro e o maior de todos os testemunhos, estando em casa com a companheira, que ainda não haviam contraído o matrimônio, não manteve relações sexuais com ela, por amor à Jesus e para não leva-la a pecar.

Após um tempo dentro da comunidade, os membros descobriram que ele era um bom trabalhador manual (pintura) e o colocaram para trabalhar numa construção interna. Infelizmente se esqueceram que ele não estava lá para trabalhar, mas para se restaurar. Ele mesmo, muitas vezes me apresentou esta dificuldade: “parece que só querem que eu trabalhe e não se importam com o meu relacionamento com Deus”. (Infelizmente isso acontece com relativa frequência dentro da comunidade)

Então, por não aguentar mais, tanto trabalho e pouca oração, sendo deixado por alguns dias sem participar dos momentos de oração, para se dedicar ao trabalho que a comunidade deveria estar lhe pagando para fazer, mas não estava, pelo contrário, ainda lhe cobravam o capricho de um profissional. Ele decidiu ir embora.

Mas não antes de me dizer: “Só vim para esta comunidade por causa daquela oração no pré-acolhimento, e te agradeço por isso, hoje quero ser um catequista como você. Batizar minhas filhas e me casar com minha mulher”. Tudo começou naquela oração no pré-acolhimento.

Em Agosto deste ano de 2015, o Gestor Geral da comunidade, um funcionário, juntamente com a Assistente Social da casa mãe da comunidade, foram ao recanto onde morávamos. Num certo dia, me pediram para descrever o pré-acolhimento que fazíamos e falamos que rezávamos e ministrávamos o perdão. Qual não foi nossa surpresa quando na frente da nossa superiora e de outros consagrados e funcionários da comunidade, o Gestor Geral nos disse: “Você não pode fazer isso (rezar pelos candidatos) pois se você faz isso, eles correm o risco de serem curados antes de vir para a comunidade e já não seremos mais úteis.”

Estas palavras foram um duro golpe em nossos corações, pois achávamos que em uma comunidade religiosa, fundada por um padre ministro de cura interior e perdão, se estivéssemos ministrando a cura interior e promovendo o perdão entre as famílias, estaríamos fazendo não apenas a vontade de Deus, mas estaríamos de acordo com o carisma do fundador.

Pois bem... após este episódio, fomos retirados do pré-acolhimento a pedido do Formador Geral e do Presidente da comunidade, alegando que estávamos muito tempo na mesma função. Claro que obedecemos e nos dispusemos, e mais tarde questionamos, mas a resposta foi sempre a mesma: “você só olha as coisas pelo ponto negativo”.

Este testemunho, está de acordo com meu outro artigo denominado “ONG e a Indústriado Humanitarismo” onde expresso a problemática e o conflito de interesses que toda ONG tem entre resolver o problema e se manter para continuar ganhando dinheiro dos inúmeros doadores e benfeitores.

Antes de doar qualquer coisa para uma obra social, instituição e principalmente para a comunidade à qual estou me referindo, sugiro que você cobre dos consagrados, padres e funcionários da instituição, que o seu dinheiro seja utilizado para o fim a que se propõe.

Judas, o traidor, vendo-o então condenado, tomado de remorsos, foi devolver aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos as trinta moedas de prata, dizendo-lhes: Pequei, entregando o sangue de um justo. Responderam-lhe: Que nos importa? Isto é lá contigo! Ele jogou então no templo as moedas de prata, saiu e foi enforcar-se.” (Mt 27, 3-5)


Recado para o Gestor: Não é nada pessoal, sei que é seu emprego e sua tarefa é ganhar dinheiro, mas não é este o objetivo de uma comunidade religiosa.

domingo, novembro 22

Produto do tributo

Após a nova modalidade de arte, a bela e educativa peça teatral onde os “atores” passam os atos todos metendo o dedo “um no cu do outro” girando e girando. Temos de refletir no que são transformados os produtos do nosso suor, do nosso trabalho.

Sim, pois esta suruba foi financiada pelo Ministério da Cultura, para promover a cultura brasileira e de fato, nossa cultura é animalesca, hajam vistas as festas de carnaval, onde também os “atores” estão com “cus, caralhos e bucetas” expostas aos olhos e aos dedos de todos.

O brasileiro é um dos maiores consumidores de pornografia do mundo, onde a indústria do sexo mais prospera, onde o HIV deslancha e o consumo de drogas cresce enquanto todos os demais países da América Latina diminuem suas porcentagens.

Então, para onde vai o produto do seu trabalho? Você trabalha paga mais de 50% do que ganha em impostos e desperdiça cerca de um terço de todo produto por você consumido. Onde vai o seu dinheiro? Resposta: você não sabe!

Realmente você não sabe, e acredita que o seu voto não tem nenhum efeito no âmbito espiritual e que o dinheiro por você doado aos impostos, às coletas na Igreja ou às doações a obras de caridade também não tem implicações espirituais, e assim você fica de “consciência limpa” pensando que dando dinheiro para o governo, Igreja ou ONGs você já está fazendo sua parte.

Engana-se meu caro, isto seria verdade, se além de doar, você supervisionasse e cobrasse que o seu dinheiro seria usado para fazer aquilo que você queria que fosse usado. Pois à final de contas, nós só damos dinheiro para obras que acreditamos que tem a ver conosco, não é mesmo?

Bom, se você é brasileiro, e paga impostos, você está apoiando toda esta pornografia e violência que existe no Brasil. Parabéns, você apoia a ideia da legalização da maconha, do aborto, que pessoas vão à palcos de escolas e espaços públicos para meter o dedo no cu uns dos outros, que saiam nus no carnaval. Você é o maior e principal promotor da proliferação da cultura do sexo livre pois seu dinheiro paga todas as camisinhas usadas nos carnavais, e graças ao seu suor, aqueles que furam a camisinha, ou simplesmente não usa, depois abortam, dizendo que foram estupradas.

Parabéns para você e para mim, quando chegar no dia do juízo, o Senhor irá somar todo dinheiro que tivermos ganhado na vida, irá perceber que desperdiçamos, ou seja, jogamos na lata do lixo 1/3 de toda sua providência para a nossa vida. Que pagamos artistas para ensinarem a população a enfiar o dedo no cu, que compramos camisinhas para todos, que pagamos pelos abortos do SUS, que demos dinheiros para padres e pastores desfilares de carrão, consagrados pagarem travestis para fazer sexo oral, pagamos motéis e até sustentamos o narcotráfico e a destruição de inúmeras famílias pela dependência química.

E restará uns 0,001% do que você ganhou, que você gastou com sua família, dando educação, alegria, alimentação a quem não tinha e na maioria das vezes, você fez isso até de forma inconsciente.


Se você acredita que existe um juízo final, então se manifeste contra o uso indevido do seu dinheiro, do seu trabalho, pois se o trabalho dignifica o homem, é justamente por causa do trabalho que nós estamos nos tornando cada vez mais medíocres e animalescos. Cobre resultados de quem você deu o seu dinheiro, se não fez o que você acha que é o certo... não colabore mais.

quarta-feira, novembro 18

1o. TESTEMUNHO - Buscai as coisas do alto!

Recentemente estive por três anos em uma comunidade de vida que também é uma comunidade terapêutica fundada por um padre muito querido e famoso no Brasil, por razões obvias não irei citar o nome do padre e nem o da comunidade.

A regra de vida idealizada pelo Espírito Santo no coração deste santo sacerdote brasileiro, é a meu ver, a solução para todos os problemas do mundo contemporâneo, pois expressa a maior de todas as verdades pregadas e ensinadas por Jesus: “acolher cada um como o próprio Cristo”.

Este sacerdote da Igreja se destacou por uma pregação bem humorada e um estilo de vida disciplinado e virtuoso, apesar de ter sido um dependente químico e se considerava um grande pecador, não o maior de todos, pois ele mesmo dizia que nem mais pecador que os outros ele era. Faleceu em 2007 vitima do câncer, mas deu um testemunho maravilhoso seguindo na radicalidade o versículo “Buscai as coisas do alto” (Cl 3,1).

Porém, após a sua morte, se apossou da comunidade um espírito mundano de contra testemunho, desde os seus membros mais antigos como o suposto “sucessor” do fundador da comunidade, que enche a boca e diz a plenos pulmões que uma coisa é a vida do fundador e outra coisa é a vivência do carisma. Como se a vida do fundador não fosse a referência para a vivencia do carisma, e o que o atual presidente da comunidade aponta como referência? Sua própria personalidade!!

A histeria deste homem, que também é um padre, inclusive da mesma congregação que o fundador da comunidade é tão grande, que ele acredita ser verdade o que ele diz, e NADA MAIS. Não adianta argumentar com ele com as Sagradas Escrituras, com textos de apologetas católicos como Professor Felipe Aquino, Padre Paulo Ricardo e até mesmo Padre Jonas Abib, mesmo que apresentemos a ele os textos da Evangelii Gaudium (EG) do nosso amado Papa Francisco, ele ainda assim, não nos dá ouvidos.

Alguns exemplos:

Na EG no número 138 o papa recomenda que a homilia seja breve, algo em torno de 15 minutos, porém, o presidente da comunidade, que nunca inicia uma Missa na hora (o que atrapalha a terapia dos dependentes químicos que acolhe), nunca a termina na hora também, como homilias de quase 1hora e meia.

Por ser o presidente da comunidade, suposto sucessor do fundador, o que eu não reconheço que seja, deveria ele próprio dar o exemplo, e obedecer ao papa, que em entrevista aqui no Brasil, por circunstância da JMJ disse que os padres deveriam dar exemplo de pobreza. Infelizmente o tal presidente que é chamado pelos próprios consagrados de prefeito e até de chefe e patrão (claro que pelas costas e as escondidas por medo das represálias), este sacerdote da Igreja, religioso que fez o voto de pobreza quando se consagrou, utiliza apenas e unicamente roupas de marcas caras, óculos Rayban, Carros luxuosos, ar condicionado no quarto, casa com requinte e ostentação... e tem a coragem de pedir doações para que os benfeitores da comunidade sustentem os seus caprichos.

Não para por aí, se apesar disso tudo, tanto ele, como os demais padres da comunidade, que são em número de quatro, cuidassem da comunidade, acompanhassem os consagrados, acolhessem os dependentes químicos, que ironicamente são chamados de filhos pela comunidade, mas que são sumariamente mandados embora na menor situação de conflito com um dos membros. Eles gastam os seu tempo com viagens ao exterior, em visitas à comunidades que também são canais de TV, a cidades ricas e celebrando casamento de pessoas que tem dinheiro para contribuir com a comunidade, aliás, para sustentar os seus status de vida esbanjadoras.

Este é um primeiro testemunho da minha experiência de vida dentro desta comunidade, da qual sou consagrado e vivi nela por 3 anos, sendo convidado a me retirar da comunidade pelo próprio presidente, após ter dito estas palavras diretamente para ele, por mais de um ano, e depois de ter aberto isso tudo aos membros da comunidade que estão todos acuados e com medo das represálias... agora, por obediência a Sagrada Escritura:

“Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano.” (Mt 18,15-17)

Recado ao presidente: Eu te amo... e estou tentando cortar as cordas que te prendem... Em nome de Jesus, você irá cair, mas irá se levantar como um verdadeiro apóstolo. Paz e bem