Em recente publicação da Folha de São Paulo, Dr. Ives Martins, (texto, clique aqui) abordou o fundamentalismo ateu, de forma clara e fundamentada, como um alerta, numa tentativa pacífica de diálogo. E parece que isso mexeu com os brios da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA). E em palavras, digamos, pouco elegantes, acusaram o próprio Dr. Ives de fundamentalista.
Claro, que é direito de todos dizer o que pensa, sobre quem quer que seja, porém, fere a honestidade intelectual, quando o óbvio, é negado e quando com o uso do sarcasmo acobertado pela capa da ignorância, ridicularizam as verdadeiras vítimas da perseguição religiosa.
Veja que Dr. Ives, afirma existir uma guerra ateia contra aqueles que vivenciam a fé cristã, e a ATEA, afirma, de forma categórica que “nada disso é verdade”. Claro que a ATEA, é uma associação de ateus, porém, ela não tem autoridade para falar em nome de todos os ateus. E há de fato, inúmeros ateus, que realmente estão empreendendo verdadeiras cruzadas contra o Cristianismo, mesmo que este não seja o caso da ATEA.
A ATEA não sabe das coisas?
Claro que a ATEA, por ser uma associação de ateus, com moral ateísta, não tem que ter nenhum compromisso com a verdade, mas por causa disso mesmo, é que acaba incorrendo em negar não só a verdade, mas também o óbvio, dizendo que é “nada disso é verdade”.
Mas vejamos, darei dois exemplos:
- Uma pessoa, Richard Dawkins, que afirma que o mundo, teria sido e será bem melhor, com a extinção da religião. Se isso não é uma ofensiva contra a religião, poderíamos então afirmar que - o mundo teria sido e será bem melhor com a extinção do ateísmo - não haveria por exemplo o massacre civil ocorrido na China e na Rússia durante os governos ateístas.
- Uma comunidade (Anteriormente havia escrito Instituição, mas fui informado de que são apenas uma comunidade), chamada Ateísmo e Anti-cristianismo (AA), onde seus membros possuem canais no You Tube, Comunidades no Orkut, Blogs, Páginas, Sites, Face Book, e se reúnem de forma regular. O próximo encontro será dia 12/02/12 em Vila Velha /ES. E como o próprio nome já diz, eles se denominam Anti-Cristianistas. Será que ANTI-CRISTIANISTA, pode significar alguma coisa diferente que o próprio nome já define?
Explicando o Anticristianismo (parte 2)
Será que a ATEA, não tem conhecimento destes exemplos? O primeiro, trata-se do ateu mais conhecido da atualidade, o segundo trata de um movimento nascido dentro do Brasil e que está ganhando espaço.
Ambos, apresentam metas semelhantes, que coadunam com a eliminação do cristianismo da sociedade. Porém, a ATEA afirma que “o ateísmo [...] não tem qualquer doutrina.” Será mesmo? Como já dissemos, a ATEA não tem nenhuma autoridade para falar se não em nome de seus associados, e por tanto, como pode afirmar categoricamente que nenhum ateu no mundo todo, ou apenas no Brasil, que seja, não esteja construindo para si, uma doutrina ateísta?
Talvez eles não entendam a definição de palavra doutrina, como o conjunto de princípios de uma escola literária ou filosófica que demonstram um objetivo final único, e no caso do ateísmo filosófico, já existe, desde Epicuro, um medíocre “filósofo” grego que questionou o panteão dos deuses, um acervo literário digno de uma biblioteca apenas para o assunto, Ateísmo. Sem inclusão dos antagonistas à ideia.
Todo ateu, proclama uma fé, que é a crença de que Deus não existe, e toda fé, sem doutrina, é por si só, então, uma fé cega. Será que é isso que a ATEA quer dizer? Que os ateus tem uma fé cega? Claro que para eles, o fato de a idéias de evolução estar amarrada a necessidade de ter ocorrido uma série de eventos que não foram nunca vistos na prática, como a replicação de genes fora da célula, a existência de uma lei de estabilidade que iniciou a instabilidade do cosmos, ou ainda o conceito de que moléculas sem vida e sem inteligência são capazes de definir atitudes e vontades de seres inteligentes, como o Ser Humano.
Ao meu ver, para crer em tais suposições, é necessário ter fé, uma vês que nenhuma destas hipóteses pode ser demonstrada de maneira empírica pelo método científico, que tanto os ateus prezam.
E ainda, levantam um falso testemunho, sem apresentar nenhuma fundamentação, ao afirmar que “fazer os religiosos se sentirem atacados por ateus é uma estratégia eficaz para advogados da cúria romana”.
Pergunta: Qual a fonte de seu “argumento”? Apresente ao menos uma fonte que comprova tal suposição? Um rascunho que seja. Uma reportagem. Artigo de revista ou trabalho acadêmico que comprove tal suposição?! Quero lembrar que não vale apresentar como bibliográfica HQ`s.
Chuva de loucuras...
E as falácias não param por aí, ao “contra-argumentar” (ao menos tenta) as palavras de Dr. Ives, faz a afirmação mais contraditória do texto, que não passa de uma folha de A4: “Parece que só é ataque orquestrado se for contra a religião. Contra o ateísmo, ‘não se preocupem’”.
Mas que show de incoerência! Quer dizer que Dr. Ives, não pode comparar o ateísmo a uma religião (capaz de ser tão fundamentalista e dogmática quanto a seita dos Manson), mas a ATEA pode? Preciso lembrar aos membros da ATEA que, vocês mesmos disseram que o ateísmo não é uma doutrina? Ora, se não é uma doutrina, se não é uma religião, se não é uma crença, para que os ateus precisam de “liberdade religiosa”? Ateísmo é religião? Simples, em seus conceitos, a liberdade religiosa, confere à eles o direito de falar o que quiserem sobre a Igreja e a Religião, mas o contrário, não é possível, pois constitui preconceito (rsrsrsr)!
Então, apresentam um circulo quadrado ao afirmarem: “A religião nunca conviveu bem com a crítica mesmo.”
Claro que a ATEA pode ter seus dogmas, mas não queira praticar o proselitismo sem querem ouvir críticas a tais dogmas. Mais uma vez, peço as fontes! Pois pelo que sei, a Igreja teve muitos críticos, como Voltaire, que passou a vida toda acusando e criticando a Igreja, mas que no fim da vida, a Igreja o acolheu, e lhe prestou os devidos serviços pastorais solicitados por ele mesmo, ministrando os sacramentos devido aos enfermos. Isso não é conviver bem com a Crítica, ou os críticos da Religião é que não conseguem conviver bem com a Igreja! Mas será que a ATEA está se referindo ao tempo em que os cristãos eram jogados nas jaulas dos leões, pelo simples fato de serem cristãos? Será que a ATEA gostaria que este tempo voltasse?
E o que a ATEA afirma, pode ser afirmado também para Dr. Ives, pois “nossa guerra é contra idéias, não contra pessoas.” E levando em conta que a ATEA, nesta frase afirma que faz guerra contra idéias, e o cristianismo, pode ser também uma destas idéias... eles não fazem guerra contra pessoas? Então por que atacar o Dr. Ives? Dr. Ives não sita nenhum nome, a não ser as fontes que lhes são convenientes aos seus argumentos. E a ATEA? Vejamos! Cita o nome de Dr. Ives, duas vezes e faz referência pronominal direta a sua pessoa por duas vezes e uma vez refere-se a ele como “o jurista”. Isso é o que? Ataque a Idéias!? Dr. Ives, foi resumido a condição de Idéia? Acho bom alguém avisá-lo!
A ATEA não reconhece o grupo que Dr. Ives pertence (Católico), e aí ataca as idéias do catolicismo, não, fazem ataques pessoais dizendo que ele não disse a verdade (mentiroso), que ele é fundamentalista, que ele não permite que indivíduos tenham acesso ao livre-pensamento. A cegueira lógica é tão grande, dentro da ATEA, que não conseguem perceber que apresentam argumentos que podem ser voltados contra eles próprios. Bom, este é o preço que se para pelo relativismo.
uma Fé suicida!
Então, a ATEA, faz uma declaração, no mínimo inusitada: “se há ateus que fazem guerra contra cristãos, eu não conheço nenhum”. Será possível que com toda a publicidade entorno de Richard Dawkins, Victor Stenger, Michael Ruse e Keith Ward, nenhum membro da ATEA até hoje não conhecem suas obras? Pois todos, em algum momento, fazem afirmações do tipo: “O mundo seria melhor sem a Religião, principalmente as Judaico-Crsitãs”.
É impressionante como o texto, apesar de ser tão pequeno, contém um número tão grande de desonestidades intelectuais, ou será apenas ignorância mesmo? São capazes de afirmar o absurdo de que “os ateus é que são vistos como intrinsecamente maus e diuturnamente discriminados pelos religiosos”. Quais religiosos? Poucas linhas acima, afirmam que existem “centenas de milhões de ‘católicos não praticantes’ e religiosos que preferem se distanciar de todo tipo de igrejas e dogmas.” Então, eles são discriminados por uma minoria? Ora, mas que força política tem uma minoria? E aqui, realmente ficamos completamente confusos, pois centímetros abaixo, o texto afirma que existe uma “maioria que defende com entusiasmo que o Estado seja utilizado como instrumento de sua própria religião.” A final, somos maioria ou minoria? Por favor, decidam-se!
E que discriminação é esta? Apresente um caso em que um Católico, discriminou injustamente um ateu! Veja o que o Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina sobre o ateísmo e o agnosticismo:
“Na gênese e difusão do ateísmo, ‘grande parcela de responsabilidade pode caber aos crentes, na medida em que, negligenciando a educação da fé, ou por uma exposição enganosa da doutrina, ou por deficiência em sua vida religiosa, moral e social, se poderia dizer deles que mais escondem do que manifestam o rosto autêntico de Deus e da religião’". (CIC 2125)
Mas não fica apenas por aí. A Igreja tem uma série de documentos, possíveis de serem lidos abaixo, e desde o parágrafo 2123 até 2128, trata apenas do ateísmo e agnosticismo e tem como objetivo, o diálogo com o ateísmo, e diga-se de passagem, a Igreja tem um espaço, que o ateísmo, ou seus representantes, podem se aproximar e de maneira honesta apresentar seus posicionamentos, chamado Pátio dos Gentios, criado em 2009, com o seguinte discurso do Santo Padre:
“Penso que a Igreja deveria também hoje abrir uma espécie de "átrio dos gentios", onde os homens pudessem de qualquer modo agarrar-se a Deus, sem O conhecer e antes de terem encontrado o acesso ao seu mistério, a cujo serviço está a vida interna da Igreja. Ao diálogo com as religiões deve acrescentar-se hoje sobretudo o diálogo com aquelas pessoas para quem a religião é uma realidade estranha, para quem Deus é desconhecido, e contudo a sua vontade não é permanecer simplesmente sem Deus, mas aproximar-se d'Ele pelo menos como Desconhecido."
In Discurso do Papa Bento XVI à Cúria Romana para a apresentação dos bons votos de natal, no dia 21 de Dezembro de 2009.
Documentos da Igreja sobre o Ateísmo
Devo informar que está é a segunda iniciativa da Igreja, no diálogo com os não crentes, pois havida um Conselho Pontifício para o Diálogo com os Não-Crentes, este conselho fechou por falta de não-crentes com quem dialogar. Será que isto é um bom exemplo de intrinsecamente maus?
Analogia ou profecia?
Por fim, contam uma história “comovente” de que são perseguidos, por que são obrigados a olhar para símbolos religiosos, como o Cristo Redentor que é um patrimônio da Humanidade, umas das maravilhas do mundo moderno. Ou ainda são incomodados pela presença de crucifixos e imagens religiosas que retratam além da religião, a marcante presença da fé no povo brasileiro e portanto patrimônio cultural do Brasil, desde os tempos de Cabral até os tempos recentes em que nossa Presidenta, Dilma, professa sua fé, na “deusa” mulher que em sua concepção a fé é Maria. Veja abaixo:
E fazem uma analogia mesquinha, apresentando um país “hipotético” “que dá imunidade tributária e dinheiro a rodo a organizações ateias, mas nenhum às religiosas; que obriga oferecimento de estudos de ateísmo em escolas públicas, onde nada se fala de religião.
Dilma chama Maria de "deusa"
E fazem uma analogia mesquinha, apresentando um país “hipotético” “que dá imunidade tributária e dinheiro a rodo a organizações ateias, mas nenhum às religiosas; que obriga oferecimento de estudos de ateísmo em escolas públicas, onde nada se fala de religião.
Um país que assina tratados de colaboração com países cuja única atividade é a promoção do ateísmo; cujos eleitores barram candidatos religiosos; que ostenta proeminentes símbolos da descrença em tribunais e Legislativos (onde se começam sessões com leitura de Nietzsche) e cuja moeda diz "deus não existe".
Com exceção da inscrição na moeda, de “deus não existe”, todo o resto é verdadeiro. Será que a ATEA não é deste mundo? Nunca ouviu falar no Socialismo ateu de Stalin? Na china de Mao Tsé Tung? Na atual Coréia do Norte, com o falecido Kim Jang Il? No Camboja de Pol Pot? No governo de Idi Amin? Ou na Cuba de Fidel Castro? E na perseguição imputada por outras religiões ao cristianismo? Como no Marrocos, na Arábia Saudita, na Nigéria, no Paquistão, Indonésia e pelo menos uma centena de países cuja minoria de cristãos está a ser massacrada e dizimada, resultando num verdadeiro êxodo moderno dos cristãos de países da Ásia e Oriente Médio, para a Europa e Ocidente.
Esta infeliz história, parece negligenciar que a cada 5 minutos, um cristão é morto, por perseguição religiosa no mundo, segundo as estatísticas do ministério Portas Abertas, que trabalha com o apoio a vítimas de discriminação e perseguição religiosa no mundo todo.
Sou forçado a dizer que a ATEA é fundamentalista, pois ao negligenciar a realidade e utilizar uma analogia ofensiva que ridiculariza as milhares e milhares de vítimas que são mortas, ou sofrem perseguição pelo simples fato de professarem uma fé, e não é dado nenhum espaço para o diálogo aberto e honesto, como a Igreja faz com o ateísmo e com as inúmeras religiões do mundo todo. São fundamentalistas, a medida que negam a realidade e se prendem aos átrios de um pensamento que objetiva ser livre, mas está preso no imaginário coletivo de toda a instituição.
Portanto, não sei onde irá terminar estas idéias de tentar acobertar a realidade, e acusar as vítimas de terem agredido seus agressores. Será que a ATEA, está desejando que o Brasil se torne um novo Camboja?
Obs.: Todas as fontes para consulta, estão em forma de Links.
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