sábado, dezembro 17

O Solidéu confuso!

Recentemente um grande amigo e padre, reagiu à minha última crítica à CNBB, por isso, acredito ser importante, respondê-lo, neste espaço, uma vez que foi aqui que tudo começou:

Meu prezado amigo, lembrou-me das grandes conquistas provenientes exatamente da existência da CNBB, entre elas:

"as Campanhas da Fraternidade desde 1964, os planos de pastorais e evangelizaão, as diretrizes para a ação evangelizadora, o mutirão contra a fome, a defesa dos valores evangélicos e princípios católicos junto as autoridades do governo em Brasília... e tantas outras iniciativas."

E abaixo está um resumo do que respondi para ele:

Sou um apaixonado pela Igreja, pelo Santo Padre e por tudo o que carrega o nome católico, assim como a CNBB. Porém, assim como qualquer outro instituto, organização, diocese, congregação, pessoa jurídica ou física que carrega este nome, a CNBB, ainda mais, deve estar em consonância com a Santa Sé, o Depósito Apostólico e o Magistério da Igreja, porém, quando isso não acontece, eu tenho o dever e o direito de me manifestar.

Assim como a Igreja, sou pessoalmente contra tudo o que não condiz com a Moral Católica, ainda mais sendo membro da Pastoral da Família de minha diocese, por isso, acompanho a atividade do mau pelo mundo e alerto quando consigo os possíveis perigos, tudo feito em um clima de oração e discernimento, que é claro, não me exime de algum erro pessoal que eu possa cometer.

A CNBB, deveria ser uma Conferência de Bispos, como ensina o Código de Direito Canônico, porém até no nome ela demonstra a que veio, ao invés de ser uma Conferência Episcopal, é uma Conferência Nacional, de Bispos. Primeiro a CNBB declara sua fidelidade nacionalista, que implica estar em aliança constante com o governo, seja ele de qual partido ou ideologia for...

Para provar isso, faço referência ao episódio das últimas eleições presidenciais, que com o apoio da CNBB, foi eleita Dilma, que assim como todo o Partido dos Trabalhadores, é abortista. Veja o vídeo abaixo:


E estes documentos reunidos por Dom Luiz Bergonzini:


A Santa Sé, por verificar que existiam Bispos que estavam ligados diretamente às eleições presidenciais, escreveu aos Bispos do Brasil, e quando por iniciativa de alguns leigos, tentou-se divulgar o que o Papa havia escrito, algumas dioceses e padres, não permitiu que o documento circulasse no meio do Povo de Deus, veja os documentos abaixo:





E como se não bastasse tal apoio, a CNBB ainda castrou ou interrompeu a iniciativa de alguns bispos de manifestarem suas orientações pastorais dentro de suas próprias dioceses, tudo para que a opinião pública não tomasse conhecimento das reais intenções do PT, que é de fato transformar o Brasil em uma potencia esquerdista, assim como a Venezuela, Cuba e outros países, onde o que se vê é a desigualdade social, o aborto, a eutanásia, a dignidade humana roubada, o casamento de pessoas do mesmo sexo e etc...

Veja os vídeos feitos por Bispos:








E o Papa, saiu em defesa destes Bispos, mesmo depois da CNBB afirmar que o posicionamento deles era particular, e não da CNBB:



Mas o que estava me deixando indignado, era o silêncio Sepulcral da CNBB em relação à PLC 122/06, mas o silêncio eu ainda preferia, pois na última declaração da CNBB sobre o assunto, em que Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida disse com todas as palavras que é “a posição da Igreja de combater todo tipo de discriminação”, enquanto isso é uma mentira.
Eis a nota da CNBB na íntegra:
O Presidente da CNBB, disse que a Igreja combate todo tipo de discriminação, mas a igreja não é contra todo tipo de discriminação, no Catecismo e nos documentos da Santa Sé sobre o assunto, pode-se perceber claramente que a Igreja não é contra “todo tipo de discriminação”, veja os documentos a seguir:
Santa Sé e projetos de Lei como a PLC 122/06:


Santa Sé é contra a “Discriminação Injusta”:

No Catecismo da Igreja Católica, no número 1935, a Igreja aborda “discriminação nos direitos fundamentais da pessoa” que não é o caso da homossexualidade, depois, o n. 2358, a Igreja volta a falar em “Discriminação Injusta”, o mesmo acontece no 2433.
Ou seja, com a declaração do Senhor Arcebispo de Aparecida, presidente da CNBB ele não só, não se posiciona contra a PLC 122/06, que vai contra a reflexão da Congregação para a Doutrina da Fé, que salienta a necessidade dos bispos de se oporem a projetos de lei como este, mas também, ele ainda impulsiona os que estão a favor do projeto, dizendo que é “a posição da Igreja de combater todo tipo de discriminação”. Enquanto isso não é a realidade, e em nenhum documento da Igreja, acerca do assunto em questão, ela afirma tal posicionamento. Este pequeno trecho, do pequeno e tímido posicionamento do Bispo de Aparecida, favorece ao PLC 122/06, enquanto como Bispo Católico, ele deveria ser Dogmaticamente contra.

Aliás, ele não falou em nome dele, ele falou em nome da CNBB, ou seja, utilizou uma Conferência Episcopal, de renome, sonhada e idealizada com amor, propósito e carinho por nosso saudoso Dom Helder Câmara, e tantos outros nomes de valor, para afirmar uma apostasia.

A Igreja é contra, a Discriminação Injusta, pois existem Discriminações Justas. Por exemplo: o ingresso de pessoas assumidamente homossexuais no exército; a entrada de mulheres em banheiros masculinos e vice-versa; o casamento e matrimônio entre pessoas do mesmo sexo; a adoção de crianças por homossexuais; a ordenação de mulheres e homens assumidamente homossexuais... Discriminação e preconceito, são palavras que em alguns contextos tem o mesmo significado, porém, neste contexto, o que o Bispo deveria dizer é Preconceito e não Discriminação.

Mas infelizmente, devido às ocorrências anteriores que a CNBB e sua administração se posicionaram a favor do Mundo e contra a Igreja, não posso pensar que em um texto de apenas 9 linhas, tenha havido algum equívoco. Para mim, para a imprensa, para os petistas e para os que são contra a Igreja, a CNBB, está oficialmente contra a Santa Sé, e é por isso, que a chamo de engodo e quadrilha, pois ao que parece, o presidente da CNBB fala, ou deveria falar, somente aquilo que os senhores bispos, decidissem em assembléia.

A Própria Senadora petista e abortista, Marta Suplicy, por seu gabinete de imprensa afirmou ter feito um acordo com a CNBB, veja:




E agora, por ter se visto em maus lençóis, por apoiar um Projeto de Lei que já completou 10 anos entre o congresso e o Senado, a CNBB vem negar que fez tal acordo, porém, mesmo negando, não se mantém contra o projeto.

Foram feitos muitos debates no Senado Federal, no Congresso por iniciativa do Governo Federal, porém, nenhum Bispo, nem o Bispo de Brasília compareceu. Tivemos de aplaudir as palavras da Bancada Evangélica e o Pastor Silas Malafaia na defesa da visão da Igreja e de Cristo. Isso não é posicionamento em prol da Igreja, como afirma o presidente da CNBB, isso é uma afronta. Não podemos esquecer, que muito se peca por omissão, e a CNBB parece que é crônica neste pecado, nas horas mais importantes, mais decisivas, mais cruciais... os bispos amarelam, ou dão pra trás.

É por causa destes, e tantos outros motivos, que eu escrevi o que escrevi, os 50 anos de CNBB, não podem ser manchados por esta corja de Bispos que está aí, e eu espero sinceramente que no próximo ato penitencial que celebrarem, sua consciência cristã, se sobreponha sobre o Solidéu e a Mitra e que o Báculo seja utilizado realmente para conduzir o rebanho que eles insistem em negligenciar.

Paz e bem

Um comentário:

  1. É... Essa corja de bispos que está aí me faz lembrar os escribas e fariseus da Sagrada Escritura. Infelizmente, eles se preocupam com suas posições transitórias e efêmeras desta vida, esquecendo-se que, daqui a pouquinho, estarão na presença do Pai para prestar contas de suas responsabilidades, pois "àquele que mais foi dado, mais será cobrado". Ainda assim, precisamos amá-los. Rezemos por eles...

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Que Deus não permita que a Verdade não seja vista por nossos olhos e nem deixada de ser dita por nossas bocas! Paz e bem