segunda-feira, fevereiro 11

Coração Consumido


Como são as coisas, a alguns anos atrás, veio a falecer o grande nome de Karol, e cheio de inseguranças, meu coração encheu de coragem e vigor ao contemplar o rosto firme e a voz forte do homem que assumiu para si a missão de ser Bendito.

Aquele mesmo homem, que sobre o nome de Josefh cumpriu com firmes mãos o trabalho de zelar pela fé apostólica, naquele dia foi feito Papa. Que ironia, tivera sido ele o braço direito daquele que foi sem dúvida o maior papa já visto em gerações, tanto em feitos como em efeitos.

Agora, este mesmo homem, que por ser forte e corajoso, espreita o futuro da Igreja de Cristo e vê a debilidade de suas mãos, foi capaz de realizar um feito que nem mesmo meu bom, santo e amado João Paulo II foi capaz de fazer... renunciar.

Renunciar é uma palavra forte, costumo utilizá-la todos os dias em minhas orações pessoais, para combater o bom combate da fé, combate este que não será renunciado por Bento XVI, mas sim, será ele novamente, aquele braço direito do novo papa, que com certeza, se quiser ser um bom pontífice, deverá beber das fontes de Josefh Ratzinger.

Que carreira magnífica, que homem tenaz e altivo, ter a coragem de reconhecer para o mundo inteiro sua debilidade e sua incapacidade. Não que ele fosse capaz e agora já não é mais, mas como sucessor de Pedro, é chamado a águas mais profundas, a combater num campo que poucos tem coragem de entrar, no campo de humilhação.

Já se levantam os murmúrios, daqueles que não compreendem as ações de Deus. Um Deus que se confia nas mãos de uma menina e um pobre carpinteiro, que se rebaixa à condição de homem e se faz menino indefeso sobre uma manjedoura, que chama homens incultos e confia a um pescador cansado o governo do Reino de Deus, ou seja, a Igreja. Este mesmo Deus, hoje, fala pela boca de Bento XVI e faz cumprir-se nele a Sua majestosa vontade.

Após termos visto com alegria e espanto Bento XVI limpar a Santa casa de Deus, a Igreja, de todas as heresias e apostasias, que o vimos enfrentar os escândalos dos padres traidores e dos Bispos enganadores com a espada da justiça nas mãos, e que por último assistiu às ciladas do demônio aproximar-se tão perto capaz de chegar até a ante-sala de seus aposentos... que alegria poder ter testemunhado estes momentos da História da Igreja, é como reviver a aventura de contemplar a vitória de São Leão Magno, Papa e Santo, sobre as maiores heresias que a Igreja jamais veio a conhecer... Posso dizer como o profeta Simeão: “...meus olhos viram a Salvação.” (Lc 2,30) Pois no mundo de hoje, onde todos querem esconder suas fraquezas, nosso intrépido e corajoso papa, não apenas expõe sua fraqueza mas também, oferece seu acento para que Deus possa realizar mais pela Igreja, por meio de mãos mais jovens e vigorosas.

Agora, vemos aquele que limpou a Igreja, varrendo seus aposentos e se dirigindo para a porta de saída, com a certeza de que deixa a casa em ordem... Obrigado Josefh, por mais este serviço e sabemos nós que sua vida, apesar de suas incapacidades e imperfeições ainda servirá muito à Igreja nos anos vindouros e que continuarás a ser sempre o braço forte por meio de toda sua obra, testemunho e amor à Cristo e a Igreja, que são e sempre serão um só no seu coração.

Só temos a dizer: Obrigado por se consumir.

Um comentário:

  1. Muito bem colocado! Ele honrou, fiel e dignamente, o nome que recebeu: Joseph! Imitando perfeitamente São José, ele ouviu o Senhor, acolheu, cuidou de uma família que ele não gerou (a Igreja), limpou o caminho prá Jesus (São José, quando levou a família p/o Egito e Bento XVI combatendo, duramente, as heresias e os escândalos dentro da Igreja), e humildemente desaparece "para que Ele cresça"... Obrigada, para Bento XVI. Eu te amo! Deus o abençoe!

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Que Deus não permita que a Verdade não seja vista por nossos olhos e nem deixada de ser dita por nossas bocas! Paz e bem