Como
são as coisas, a alguns anos atrás, veio a falecer o grande nome de Karol, e
cheio de inseguranças, meu coração encheu de coragem e vigor ao contemplar o
rosto firme e a voz forte do homem que assumiu para si a missão de ser Bendito.
Aquele
mesmo homem, que sobre o nome de Josefh cumpriu com firmes mãos o trabalho de
zelar pela fé apostólica, naquele dia foi feito Papa. Que ironia, tivera sido
ele o braço direito daquele que foi sem dúvida o maior papa já visto em
gerações, tanto em feitos como em efeitos.
Agora,
este mesmo homem, que por ser forte e corajoso, espreita o futuro da Igreja de
Cristo e vê a debilidade de suas mãos, foi capaz de realizar um feito que nem
mesmo meu bom, santo e amado João Paulo II foi capaz de fazer... renunciar.
Renunciar
é uma palavra forte, costumo utilizá-la todos os dias em minhas orações
pessoais, para combater o bom combate da fé, combate este que não será
renunciado por Bento XVI, mas sim, será ele novamente, aquele braço direito do
novo papa, que com certeza, se quiser ser um bom pontífice, deverá beber das
fontes de Josefh Ratzinger.
Que
carreira magnífica, que homem tenaz e altivo, ter a coragem de reconhecer para
o mundo inteiro sua debilidade e sua incapacidade. Não que ele fosse capaz e
agora já não é mais, mas como sucessor de Pedro, é chamado a águas mais
profundas, a combater num campo que poucos tem coragem de entrar, no campo de
humilhação.
Já
se levantam os murmúrios, daqueles que não compreendem as ações de Deus. Um
Deus que se confia nas mãos de uma menina e um pobre carpinteiro, que se
rebaixa à condição de homem e se faz menino indefeso sobre uma manjedoura, que
chama homens incultos e confia a um pescador cansado o governo do Reino de
Deus, ou seja, a Igreja. Este mesmo Deus, hoje, fala pela boca de Bento XVI e
faz cumprir-se nele a Sua majestosa vontade.
Após
termos visto com alegria e espanto Bento XVI limpar a Santa casa de Deus, a
Igreja, de todas as heresias e apostasias, que o vimos enfrentar os escândalos dos
padres traidores e dos Bispos enganadores com a espada da justiça nas mãos, e
que por último assistiu às ciladas do demônio aproximar-se tão perto capaz de
chegar até a ante-sala de seus aposentos... que alegria poder ter testemunhado
estes momentos da História da Igreja, é como reviver a aventura de contemplar a
vitória de São Leão Magno, Papa e Santo, sobre as maiores heresias que a Igreja
jamais veio a conhecer... Posso dizer como o profeta Simeão: “...meus olhos
viram a Salvação.” (Lc 2,30) Pois no mundo de hoje, onde todos querem esconder
suas fraquezas, nosso intrépido e corajoso papa, não apenas expõe sua fraqueza
mas também, oferece seu acento para que Deus possa realizar mais pela Igreja,
por meio de mãos mais jovens e vigorosas.
Agora,
vemos aquele que limpou a Igreja, varrendo seus aposentos e se dirigindo para a
porta de saída, com a certeza de que deixa a casa em ordem... Obrigado Josefh,
por mais este serviço e sabemos nós que sua vida, apesar de suas incapacidades
e imperfeições ainda servirá muito à Igreja nos anos vindouros e que
continuarás a ser sempre o braço forte por meio de toda sua obra, testemunho e
amor à Cristo e a Igreja, que são e sempre serão um só no seu coração.
Só
temos a dizer: Obrigado por se consumir.