quarta-feira, janeiro 26

O Sobrevivente

Houve um tempo em que a cultura e a espiritualidade estavam tão secularizadas, que não havia mais referências da alta cultura que pudessem resgatar a dignidade da inteligência humana. Os grandes mestres de outrora, já bem velhos, se ainda vivos, e sem energia para promover uma empreitada de resgate, viam os grandes clássicos do pensamento mofando nas prateleiras das bibliotecas dos imortais.

 


A sociedade sucumbindo à sua própria idiotice, e os intelectuais, deixando de agir à luz da razão, professavam o credo ideológico que busca o agir pela razão, o que os tornava insensíveis aos próprios sentimentos de empatia e compaixão, tornando-se dominadores dominados por suas próprias ideologias, e ao invés de libertar mentes, aprisionavam-nas em suas bolhas cada vez mais segmentadas, racionadas e repletas de mediocridade, mesquinharia e demagogia politicamente correta.

 

A vida social já estava à beira do insuportável, quando um sobrevivente resiste à enxurrada de idiotices ensinadas pelos ditos “mestres” escolares, rejeita o conhecimento dito formal. Depois, até sendo acusado de recusar a academia e a formalidade, responde: “meu conhecimento foi formal, mas na forma que eu escolhi”. Assim contraiu o vício da liberdade, pois era incapaz de resistir à realidade. Um único acordado no trem bala da vida onde todos dormem com o sacolejo das ideologias.

 

Se este sobrevivente tivesse vivido na era dos clássicos, teria sido parceiro e amigo de Sócrates, Platão e Aristóteles. Diretor espiritual de Agostinho e brilhante opositor de Tomás, e, com certeza, um dos filhos prediletos de inúmeros santos como Padre Pio e Dom Bosco. Teria servido de inspiração dos poetas e escritores como Homero, Dante, Fiódor, Miguel, Fernando, Luiz e Carlos. Mas não viveu na era dos gênios literários, e sim, no tempo dos imbecis, descobrindo a fórmula para enlouquecer o mundo viu a longa marcha da vaca para o brejo, o que resultou neste terrível jardim das aflições.

 

Foi preparado pelo Pai Daquele a quem só se referia como Nosso Senhor Jesus Cristo, adestrado pela vida e curtido na estufa da sabedoria e do conhecimento, alimentou-se “de tudo um muito...” Muita astrologia, alquimia e esoterismo! Muita filosofia oriental fazendo-se Mohamed e militante do socialismo, estocando armas para a revolução. Mas, constatou o retrocesso, o vilipêndio das virtudes e a chacota da realidade que tanto lhe era cara, e assistiu pasmo seu país gerar idiotas poderosos, analfabetos letrados e estultos magistrados que não sabiam compreender a ironia de uma piada ácida. De fato, o humor de contraste não é para amadores e aqui só havia isso!

 

Com desassombro, começou cortando a própria carne, retirando a gordura do linguajar rebuscado, descendo o nível de sua própria eloquência, indo além da imbecilidade dos imbecis, tomando a língua materna dos ignorantes, provocando uma kenosis impensável pelos pensadores e inaugurou a educação e catequese deste novo continente chamado internet; com palavrões cirurgicamente colocados e de rede em rede, foi lançando as suas redes e emaranhados de conhecimento, ideias reais, e sua fé concreta. Entre um Filho da puta dito com, esperança e a caridade de revelar a um bosta que ele é um merda, dizia para escândalo dos pudicos: “Rezem o terço, porra! Não importa se você é evangélico, budista ou hindu, Nossa Senhora garantiu a salvação para quem reza o terço, então reza, caralho!”.

 

E como nada melhor do que a pequenez para confundir os soberbos, da forma mais baixa e chula fez-se pobre com os pobres, pequeno com os pequenos, agigantando-os e os soerguendo acima da cabeça dos anões agigantados do imbecil coletivo. Matando a fome de quem tinha sede de conhecimento, ressuscitando a inteligência em meio a uma pandemia de idiotices. O exterminador das dislexias e assassino de demagogias, eletrocutou e viu morrer a semente do mal no coração de homens petrificados, matando a vulgaridade com o vulgar, a insensatez com incessantes e brilhantes insensatezes, lucrou o amor, a admiração, a entrega, a fidelidade e o respeito da massa, que gritava pelas ruas: “Olavo tem razão!!!”.

 

Olavo tem razão: “Nunca deixe de fazer duas coisas: rezar e estudar”, não importa pelo que estejamos passando! Não importa o que o futuro nos reserva e do que nosso professor foi poupado! Não importa se doentes, sem dinheiro ou descalços, sempre haverá um momento para se rezar e estudar o conhecimento por presença e os quatro discursos no interior do homem que vive com o coração na mão e diante de Deus em uma dialética com o Espírito Santo. Não importa! A final ele importou para dentro de cada um de nós a consciência de nossa imortalidade e de que somos hospedeiros do único Ser ao qual ele se dignou temer a opinião, Olavo temia somente perder a Salvação.

 

Em um mundo como jamais funcionou, em meio a uma apoteose de vigarice, pautado pelo império da burla e da revolução cultural e com uma nova ordem mundial batendo a porta, que por meio da mentalidade revolucionária tem gerado imbecis juvenis que odeiam o conhecimento, a verdade e a realidade... Estão com seus dias contados, pois, assim na Terra como no Céu, é sempre feita a vontade de Deus, e se um único sobrevivente deste naufrágio foi capaz de ressuscitar os defuntos submersos no mar da ignorância, imagine do que não será capaz um exército de Olavetes que não tem medo de “True outspeak”, seja por meio do senso incomum ou de uma mídia sem máscara, fazer em fim chegarmos ao porto seguro de um Brasil sem medo, pois já sabemos que “Sapientiam Autem Non Vincit Malitia”.

 

No dia de São Francisco de Sales, às vésperas do dia de São Paulo, nasce para a vida aquele que salvou almas batizando-as com o mais refinado conhecimento, com o requinte da caridade de um “cala boca burro”, “porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros” (Tito 3,3) e, mesmo assim, ele se fez ouvir, e após ter-se feito “tudo em todos”, encerrou sua carreira, pendurou o cachimbo, desligou a câmera, recitou seu último soneto e finalmente... Guardou a fé!

 

“Acabou Porrrrra nenhuma!”

sábado, novembro 14

O DEUS PROTESTANTE

O Protestantismo não se sustenta historicamente, então, a gigantesca maioria dos protestantes de fato são proibidos de pensar! Impedidos pelo tipo de "devoção protestantes" imposta pelos pastores, de pensar, raciocinar e refletir! Os que fazem isso, rapidamente tornam-se pastores! E assumem a função de enganar o povo! Como numa espécie de "matrix" onde o rebanho é alimentado de histerias, psicologismo e manipulação de massa, e até mesmo, em alguns casos a lavagem cerebral! É muito difícil você encontrar um protestante que tenha um discurso diferente dos demais, e quando encontra, são aqueles que estão às portas de ser "paXtô" ou desigrejado, e no caminho do ateísmo, seja prático, ou teórico. Ateus práticos, são do tipo do Edir Macedo, que "sabem que deus não existe", mas mentem para o povo, dizendo que ele existe. Já o teórico, são os que sinceramente questionam a existência de Deus!

Por não se sustentar, o protestantismo termina ou tornando a pessoa cada vez mais fanática e fundamentalista, ou cética e ateísta! Pois a premissa protestante parte da negação objetiva da Igreja Católica, e toda a historiografia do cristianismo, seguida de uma devoção sectarista que trata o indivíduo como o massa e é alimentada pelas histerias. Quando acontece um período sem a histeria (o culto), um tempo em que a pessoa se desligue do discurso histérico, ela se desespera, pois não consegue alcançar com a própria inteligência e racionalidade a fonte, a origem, o porto seguro ou a "rocha" firme para sustentar seu castelo de areia interior, e muitas vezes ele desaba!

Isto se torna evidente nas falas e nos termos utilizados pelos protestantes que, para tornar negativo sua racionalidade, dizem que estão sendo "tentados" pelo demônio a questionarem a própria fé! E fé, para eles, é sempre algo irracional, um sentimento que precisa ser mantido e sustentado com a histeria do dia! Por isso as gritarias do culto, os gemidos e gritos histéricos que tem a mesma função que as danças rituais e rituais xamanicos para os índios, ou as rodas em centros de macumba ou ainda os ritos de iniciação animistas africanos.

É muito comum, após a suposta "conversão" de alguém ao protestantismo, você o escutar dizer: "Agora eu sinto Deus, agora eu percebo sua presença". Na verdade, o que a pessoa está sentindo, é seu próprio ego sendo massageado; sua personalidade sendo cultuada; e seus sentimentos, que são passageiros e completamente dependentes do ambiente e não da ação Divina, sendo renovados a cada culto!

O protestantismo é um sentimentalismo barato, uma reverberação do próprio ego da pessoa ecoando em seu interior. A "voz de deus" que a pessoa diz "escutar" em seu interior, nada mais é que seu ego. E o id, é sempre o demônio, e a pessoa não é mais ela mesma, ele sai de sua personalidade e assume um alter ego, em que ela acredita ser santa e que está imune ao pecado, pois ela "já está coberta com os sangue de cristo".

A Igreja Católica prega e ensina, que o sacrifício de Nosso Senhor no Calvário, é um sacrifício perfeito, permanente e eterno, e é rememorado a cada Santa Missa. E por isso, muitos protestantes questionam isso, porém, para eles, o que é perpétuo, é o "derramamento" do sangue do jesus (com "J" minúsculo mesmo) que eles criaram em suas cabeças, que nada mais é do que seu próprio alter ego. Em suas mentes pequenas, não percebem o quão isso é pernicioso, pois estão adorando a si mesmos e não a Deus.

Deixando o ego e cultuando-o como deus, assumem o alter ego e se tornam adoradores de si mesmos e odiando o seu próprio id! Logo logo, vemos o resultado na vida dos que se "afundam" nesta dinâmica que é sim, uma doença psicológica que foi muito bem retratada no recente filme: "O diabo de cada dia"!

O personagem principal, é um menino, que viu o pai, assassinar o seu cachorro, como oferta de sacrifício ao seu "deus", para que a esposa fosse curada do câncer. Logicamente a mulher morre e o homem, se suicida. O menino então, passa a ser cético quanto a ideia de Deus, pois o deus que lhe foi apresentado, foi responsável pela morte do seu cachorro, não curou sua mãe e ainda fez seu pai se matar.

Este filme explora as fragilidades e a diversidade da fé sentimentalista! Que varia desde os que sabem que a fé não existe (o pastor que abusa de moças virgens); a loucura do "paxtô" que assassina a mulher e depois reza pela sua ressurreição, que não acontece, logicamente; a fé ingênua da moça que se entrega sexualmente ao paxtô, achando que aquilo é parte do culto; o soldado que oferece seu cachorro em sacrifício, pois não teve coragem de oferecer o próprio filho, na esperança de receber a cura da esposa. Ou seja, é um mosaico de pseudo-fé's, sentimentais e emocionais que em nada tem haver com a Fé verdadeira! Puro fanatismo, fundamentalismo em meio a muitos aproveitadores da ingenuidade alheia. E o "deus" deles, de fato, não existe!

Sobre a questão da veneração dos mortos, que os protestantes têm tanta raiva, este é mais um aspecto "ateizante" e anti racional da fé protestantizada... 

Veja bem, a primeira característica que distingue historicamente o ser humano, o Homo sapiens é exatamente o "culto aos mortos". O Ser humano, historicamente demonstrou racionalidade, ao enterrar seus mortos e demonstrar que os mortos, são algo, além desta vida! Então, a transcendência do ser humano é um aspecto da sua racionalidade. Os protestantes, enterram seus mortos, apenas por questões sociais, não por estarem desejosos de demonstrar a transcendência da alma, pois para eles, quando a pessoa morre, a alma "dorme" que é um eufemismo para "morte".

Esta desconexão com a realidade forma o protestante, alguém além da irracionalidade e historicidade, alguém que tem um mundo só dele, uma verdadeira esquizofrenia! Quando esta pessoa "acorda" do seu transe, ela se torna extremamente cética a qualquer tipo de posicionamento religioso, e por vezes, o trauma é tão grande que ela passa a venerar o seu próprio id, que antes era demonizado, e passa a combater o alter ego, declarando-se como "satanista". Que também não é o satã descrito nas Sagradas Escrituras, mas sim, a imagem do seu antigo alter ego refletida em um espelho mental, que é visto como tudo o que lhe causou mal estar, perdas e traumas.

É claro que o protestantismo histórico, não nasceu assim, mas fatalmente ele se tornou isso que vemos hoje! É claro que os protestantes, muitas vezes, não tem nenhum culpa pessoal nisso, se não a busca pelas emoções, que sim, são verdadeiras, mas em um esquema de transe para que eles nunca se libertem disso! Claro que como católico, respeito e amo, meus irmãos protestantes e por isso mesmo que estou escrevendo isto. Na esperança de quem alguns deles acordem deste transe de loucura e vivam de fato a fé verdadeira e liberdade de ser Filho de Deus!

sábado, outubro 10

Como não ser Católico?

Há no homem o desejo pelo infinito! Mas se ele é incapaz do infinito, então, ele está com defeito! De todos os seres somos os únicos que sabemos que existimos, e aspiramos ao eterno e ao infinito!

 

Todas as religiões prometem nos ligar a Deus, mas nenhuma delas é capaz disso, pois, o que é o homem para pretensiosamente ousar se religar Àquele que é por definição: inalcançável? Apenas o cristianismo afirma que Deus fez-se carne, tornou-se uma criatura e fez isso, para nos religar a Ele.

 

Deus, feito homem, não deixou de ser Deus, mas assumiu a humanidade, e quando esteve entre nós (E isso é fato histórico), fundou o que Ele chamou de “Sua Igreja”, garantindo que esta Igreja nunca será vencida pelas obras das trevas, deixando como pedra visível desta instituição, o seu discípulo menos fiel e mais fraco, para que a Igreja soubesse sempre que quem a sustenta, não são os homens, mas sim, Ele mesmo, por meio dos Sacramentos que deixou!

As Sagradas Escrituras são documentos históricos, afirmar o contrário é negar os trabalhos de ciências como: História, Arqueologia, Antropologia, Psiquiatria e Psicologia! Mas há quem em nome de sua fé, seja negacionista a este ponto.

 

Mas que Igreja é esta? O último apóstolo, morreu próximo do ano 100 d.C., seu nome é São João, irmão de São Tiago e filhos de Zebedeu. Ele teve um discípulo, que tornou-se o terceiro Bispo de Antioquia, cidade em que os discípulos do Deus feito Homem, Nosso Senhor Jesus Cristo, foram chamados de Cristãos.

 

Inácio, escreveu uma carta para a igreja de Esmirna, chamada Carta aos Esminenses, que é datada de antes do século 100 d.C., ou seja, ela pode ter sido escrita, quando o Apóstolo São João, ainda era vivo. E o conteúdo desta carta é surpreendente!

 

São apenas 13 parágrafos, no parágrafo 8, o mais famoso deles, Santo Inácio diz: “Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja católica.

 

Porém, mesmo diante de tal evidência histórica de que a Igreja Católica é a ÚNICA igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda há quem negue que a Igreja Católica seja a mesma Igreja fundada por Nosso Senhor e edificada sobre o Apóstolo São Pedro. Mas continuemos a leitura:

Já na saudação, Santo Inácio diz que escreve: “à Igreja de Deus Pai e de Jesus Cristo amado” e continua, professando a fé de que Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus: “Glorifico a Jesus Cristo, Deus, que vos fez tão sábios”. Então, qualquer um que negue, que Jesus Cristo é Deus, não está em comunhão com a Única Igreja que existe!

 

Após uma credo resumido, Sto. Inácio confirma o primado de Pedro, ao se referir aos apóstolos, quando o Senhor: “se apresentou também aos companheiros de PedroE no parágrafo 7, ele faz uma afirmação, que deve deixar bamba as pernas de todos os protestantes deste mundo: “Abstêm-se eles da Eucaristia e da oração, porque não reconhecem que a Eucaristia é a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, carne que padeceu por nossos pecados e que o Pai, em Sua bondade, ressuscitou.

 

Pergunto, qual é a única Igreja que possui esta fé? De que a Eucaristia é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que no ordenou: “Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos”. (Jo 6,53)

 

Sto Inácio, ainda confirma toda a hierarquia eclesiástica católica: “Sigam todos ao bispo, como Jesus Cristo ao Pai; sigam ao presbitério como aos apóstolos. Acatem os diáconos, como à lei de Deus.” Estes três níveis do Sacramento da Ordem, estão presentes até hoje no seio da Igreja, bem como todos os demais sacramentos instituídos por Nosso Senhor.

 

E no parágrafo 9, ele profetiza e fazer uma referência futura de Martinho Lutero, ex-padre que desobedecendo ao seu Bispo, criou a divisão, confusão e mentira: “Quem honra o bispo será também honrado por Deus; quem faz algo às ocultas do bispo presta culto ao diabo. Aqui, sabemos que o protestantismo é um culto a satanás, um modo que o diabo conseguiu, de levar batizados para o inferno, pois ele permite que sejam batizados, porém, lhes nega que entrem na Única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica!

 

No último capítulo, o Bispo confirma que já naquela época existiam as freiras, mulheres piedosas que oferecem sua virgindade a Deus: “Saudações às famílias de meus irmãos, com suas esposas e filhos e com as virgens, chamadas viúvas.”

 

Então, meu caro, diante dos fatos, não há argumentos, ou a ÚNICA Igreja de Nosso Senhor é a Igreja Católica, que resiste bravamente aos séculos, ou você que se diz seguidor de Nosso Senhor Jesus Cristo, acredita que a profecia de que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,16-19), falhou e assim, faz Daquele a quem você diz seguir um mentiroso!

 

Ou você está errado, ou Nosso Senhor é um mentiroso, diante disso, eu pergunto: “Como não ser católico?"


Caso você mesmo queira ler na íntegra a Carta de Santo Inácio aos Esminenses. Acesse o link: http://www.cristianismo.org.br/inacio-7.htm

segunda-feira, maio 8

O equilíbrio do ser

Existiu, dentro de mim, um conflito entre o conservador e o progressista. O conservador, moderado ou extremista, que temia as mudanças, supervalorizava as tradições e colocava as regras e instituições acima do valor da dignidade das pessoas. Não queria mudar para não mexer em meu "status quo" e não abalar a minha comodidade. Toda mudança devia necessariamente passar pelo crivo do passado, nada do que seja novo tinha em si algo de bom, a não ser que passasse pela imitação do que já havia sido, do que já passou, do que ficou no tempo, do que parou no tempo, ou seja, não se podia renovar, mas sim, imitar. O meu ideal de vida, era que as coisas nunca mudassem, para que a mentalidade, visão de mundo e valores, nunca fossem questionados e muito menos modificados. Meu amor estava em viver a vida como ela foi. Não precisando ousar novas adaptações, bastando apenas copiar o modo de vida dos que ousaram e se adaptaram ao seu próprio tempo no passado; seguia a moda das tradições que, quanto mais imutáveis e engessadas fossem, melhor e mais seguro eu me sentia.

Depois, veio o tempo de ser progressista, moderado ou extremista, idolatrava as mudanças, desejando-as por elas mesmas, sejam quais fossem, supervalorizava as inovações e novidades, e suplantava a dignidade humana em nome do progresso e da evolução histórica, e revolução das massas, não tratava com o indivíduo real e concreto, mas apenas com o conceito fictício e ideal de humanidade. Desejava a mudança, pois, não tinha paciência para compreender o passado e considerava toda conquista de outrora como, retrógrada e ultrapassada. No fundo eu era incapaz de compreender o passado, por me faltar abertura para me colocar no lugar do outro e acabava julgando sempre negativo o passado que não favorecia o meu ideal de humanidade e, com anacronismo, condenava o que não queria compreender. Seguia a moda contemporânea e, quanto mais futurista melhor, pois, assim julgava-me autêntico. Por medo de ser semelhante ao passado que condenava, acabava me deformando, para caber na forma do presente futuro, trocando a autenticidade pela vã tentativa de ser igual a todos os que pensam como eu e concordavam comigo.

No primeiro, idolatrava o passado por comodismo e odiava o presente futuro por medo, no segundo, idolatrava o futuro por preguiça de compreender o passado, ao mesmo tempo que o odiava por ser incapaz de compreendê-lo.

Conservador ou progressista? Nenhum dos dois, o equilíbrio do ser, é ser cidadão do Céu.

O cidadão do Céu, é aquele que ama a verdade e se esforça para conhecer profundamente o passado, para não cometer os mesmos erros no presente futuro. Vasculha o passado em busca do que deu certo, do que funcionou, ao mesmo tempo que testa e avalia as novidades, para verificar se funcionam. 

O meu foco não está nos modelos passados, ou nos ideais de humanidade do futuro, mas sim em um modelo real, perene e atemporal de ser humano perfeito, mas que tolera o imperfeito, o estado atual, aproveitando o que há de melhor no momento. Fugindo da contradição, miro na perfeição humana ao mesmo tempo que reconheço e admito que nunca irei alcançá-la.

Desejo mais a mudança que o extremista progressista, por reconhecer nela a interferência direta da ação Divina, que é sempre bem-vinda, não importando a situação do meu ponto de vista, seja julgando pelo melhor ou para pior, a mudança é ação providencial de um Deus vivo e agente da história, não apenas um observador impassível; amo mais o passado que o extremista conservador, pois entendo que o passado tem a ensinar as fórmulas imutáveis do relacionamento com este Deus, que agiu no passado, está agindo no presente e que vai conduzir todos a Ele no futuro.

Não importa a tradição do passado, ou a moda do presente, o maior valor é a dignidade, autenticidade e a consciência que tenho, de que  posso ser sempre melhor, numa constante competição comigo, objetivando melhorar a mim mesmo, em função de melhor servir e amar o outro. Não me acomodo no passado, mas me debruço sobre ele para compreendê-lo e com este conhecimento, julgar todas as mudanças, identificando seus benefícios e observando o futuro com esperança.

Extremista, conservador, progressista, direita ou esquerda, não sou nada disso, sou o que Deus sonhou para mim e é isto que tento ser, e só serei feliz quando encontrar a Sua vontade em cada ação e novo dia, crendo, vivenciando e praticando a Fé que fundamenta a minha vida, a Esperança que é motivação na caminhada e o Amor que confere sentido para viver e existir.

terça-feira, abril 18

Penso, logo... Sou obrigado a me explicar?

A linguagem é essencial à comunicação do ser humano, porém, o pensamento, ao menos a princípio não exige a linguagem. A linguagem surge da necessidade de se comunicar com os demais seres humanos, e como nos comunicamos quase que o tempo todo, acabamos pensando na língua que falamos e na linguagem com que nos comunicamos. Mas há o conhecimento que é adquirido sem linguagem, por meio da simbologia natural, é esta “linguagem” que Deus usa para se comunicar conosco, é um método universal. É algo sem definições e conceitos, é chamado de fé, pois não tem uma lógica linguística, mas exige o uso da razão, caso contrário não seríamos capazes de perceber e muito menos de interagir, como fazemos na oração. A linguagem exige uma convenção, e Deus não é uma convenção, é um ser, uma pessoa, alguém. Ele, falou tudo em Jesus. Jesus é a sua linguagem e sua ideia.

A linguagem pré-supõe as ideias, sem as ideias, não haveria linguagem, mas sem a linguagem não haveria meio de transmitir as ideias. A linguagem tornou-se tão importante, que quase que não precisa mais das ideias, e as ideias tornaram-se completamente dependente da linguagem; por isso, dominar a linguagem é preponderante na transmissão das ideias. Mas é preciso que o ser racional liberte-se das linguagens em seu interior, pois pensar por meio da linguagem é inútil e significa atraso, além é claro, de uma óbvia dificuldade de relacionamento consigo mesmo. Inútil pois a linguagem serve apenas para comunicar, exteriormente, o que se pensa. É um atraso por que limita o pensamento a tal ponto que, ha casos em que mesmo a experiência mais real, por vezes subjetiva, que não se consegue expressar pela linguagem é tida como, desimportante, ou até, inexistente, fictícia e imaginária. E logicamente, para nos comunicarmos conosco, o nosso relacionamento íntimo e privado, não há necessidade de linguagem, mas, a dependência da linguagem acaba gerando uma dificuldade, pois se o que não pode ser expresso não existe, muitas vezes, nossos sentimentos e experiências mais reais, são, por nós mesmos considerados inexistentes. Este cacoete mental, limita o universo ao mundo da linguagem e das ideias transmissíveis; é necessário um retorno do ser humano ao mundo interior, ao mundo que por vezes não pode ser comunicado, mas que é tão real, ou até mais real, do que aquilo que pode ser expresso pela linguagem. Digo: mais real; pois, muitas vezes, o mundo das ideias não passa de um “castelo de areia”, que não tem base na experiência real, mas na fabricação das ideias e das ideologias. Toda ideologia é no fundo, um grande castelo de areia, sem pé na realidade, mas um construto linguístico mental. Abrir mão da capacidade de comunicar-se, por vezes pode ser doloroso, implica uma solidão absoluta, porém, se esta experiência envolve a experiência da presença do ser, abrir mão da linguagem é conservar a própria autenticidade, unicidade e individualidade. De modo geral, as experiências indizíveis pode ser que nunca sejam explicadas, mas podem ser vividas e assimiladas, integradas à nossa personalidade e aos nosso valores, formando em nós o que nós somos e o que é a essência do nosso ser. Tentar explicar o que é indizível, é abrir mão de si mesmo e confundi-se com o mundo das ideias e ideologias, que apesar de serem atraentes, nos levam cada vez mais para longe de nós mesmos e da realidade por nós percebida. A pior consequência disso, é certamente, perder a capacidade de “ouvir” a vós indizível de Deus, e se colocar diante Dele, somente, por meio de uma máscara ideológica que não somos nós. E Deus não fala com máscaras, Ele apenas ouve o que é real, honesto e verdadeiro.

segunda-feira, dezembro 12

Globalização ou Globalismo?

Pois é, o Trump ganhou as eleições nos EUA, “ninguém esperava por isso”! Será? Infelizmente, a grande mídia internacional, que foi completamente cooptada pelo globalismo de George Soros e as fundações milionárias como a Fundação Ford e Rockfeller, não estavam noticiando os fatos, por isso “ERROU FEIO”! Na verdade, a grande mídia apenas informava, ou melhor, propagava aquilo que os globalistas queriam, e o que eles queriam? Queriam que o Trump não tivesse vencido.

Estamos diante da maior bolha midiática que já houve na história da humanidade. Se não fosse a internet, não teríamos notícia de nenhuma informação útil, apenas o que chegaria a nós, seriam as propagandas e as desinformações escolhidas e preparadas a dedo, pelas mentes globalistas.

Estamos completamente dependentes de nosso senso de proporção e discernimento, claro, aqueles que sem preguiça e sem a mesmice, estão querendo ter um pensamento livre, de fato, e não divergente por ser divergente, pois seria apenas reacionário, mas divergente de uma corrente programada para pensar, agir e reagir de forma absolutamente igual ao que o globalismo quer.

Porra! Mas que merda de globalismo é este, que já passaram três parágrafos e não é explicado? Afinal de contas, globalismo não é o mesmo que globalização?

Não. Globalização tem a ver com a expansão do mercado e com a “quebra” de fronteiras entre os países, mas não no sentido literal, e sim, no sentido de livre comércio, onde um país que produza pregos, negocie diretamente com um país que não produza pregos, mas que produza pão, e vice-versa, sem as exorbitantes taxas e burocracias políticas.

Já, globalismo, é de fato, a quebra das fronteiras. A unificação das nações por meio de uma única instituição que controlaria todas as nações, e se encarregaria de quebras as soberanias nacionais e a diversidade cultural, tudo em nome da paz, ordem e igualdade, também chamam o globalismo de “nova ordem mundial”.

Globalização e globalismo, são inclusive, conceitos antagônicos. Enquanto o primeiro pretende ampliar o mercado, o capital e por meio das regras de mercado (que tem seus defeitos) criar mais empregos, mais oportunidades de negócio e mais divisão do poder. O globalismo, por sua vez, pretende unificar o poder, controlar todas as atividades da vida, não apenas a produção, mas também e inclusive a reprodução, saúde e educação, em nome da ausência de guerras e do bem comum.

Hoje, Trump representa a GLOBALIZAÇÃO e Hilary representa o GLOBALISMO. Quer saber quem é quem neste jogo? Basta saber quem apoia Trump e quem apóia Hilary. A globalização une as pessoas que estão distantes, o globalismo, estratifica a sociedade, e a divide, entre brancos e negros, heteros e homos, homens e mulheres, ateus e crentes e assim por diante. O objetivo? Simples: “Dividir, para conquistar!”